Para quem tem um perfil técnico e “maker”, escolher uma antena veicular VHF/UHF não é simplesmente pegar o modelo mais alto ou o mais barato da prateleira. Trata-se de entender como a antena interage com o veículo, como a energia de RF se propaga e, principalmente, como o plano terra influencia diretamente o desempenho do sistema. Neste artigo, exploramos os principais tipos de antenas disponíveis no mercado brasileiro, suas aplicações práticas e os compromissos envolvidos em cada escolha.
O primeiro critério realmente técnico na escolha de uma antena é o seu comprimento elétrico em relação ao comprimento de onda da frequência utilizada. Isso define o padrão de radiação, o ganho e até o tipo de terreno onde a antena vai se sair melhor.
As antenas de um quarto de onda são compactas e simples do ponto de vista elétrico. Não utilizam bobinas de carga e dependem fortemente do plano terra do veículo para “completar” eletricamente a antena.
O ganho é unitário, mas isso não significa desempenho ruim. Pelo contrário: o padrão de radiação é mais alto, favorecendo comunicações em ambientes urbanos, regiões montanhosas ou áreas com muitos obstáculos, onde reflexões e difração são essenciais para o sinal chegar ao destino. O preço a pagar é a exigência de um plano terra bem feito — teto metálico e bom contato elétrico são praticamente obrigatórios.
Já as antenas de cinco oitavos de onda são fisicamente maiores e usam bobinas na base para ajustar a impedância. Em troca, oferecem ganho superior e um padrão de radiação mais “achatado”, concentrando energia próxima ao horizonte.
Esse comportamento as torna excelentes para estradas, áreas abertas e comunicações de longa distância em terrenos planos. Em contrapartida, em regiões com grandes desníveis, o sinal pode literalmente passar por cima da estação remota se ela estiver muito próxima ou em nível muito diferente.
No uso móvel moderno, as antenas dual band se tornaram padrão. Elas permitem operar VHF e UHF com um único cabo e uma única antena, combinando diferentes comprimentos elétricos na mesma vareta. A solução é prática, eficiente e atende à maioria dos radioamadores que utilizam repetidoras e simplex nas duas faixas.
Considerando disponibilidade, custo e desempenho, alguns modelos se destacam como referências.
Antenas dual band compactas, como a Steelbras AP0188 e equivalentes, oferecem um excelente balanço entre tamanho, robustez e desempenho. Por utilizarem uma configuração simples em VHF, são discretas, resistem bem a vento e uso diário e funcionam tanto na cidade quanto na estrada. São ideais para quem quer algo confiável sem complicações.
Para quem prioriza alcance máximo, existem modelos dual band maiores e com ganho mais elevado, como a Steelbras AP0191 ou a consagrada Comet CA-2x4SR. Essas antenas são conhecidas pela banda larga e pelo excelente desempenho em simplex e acesso a repetidoras distantes. Recursos como sistemas dobráveis ajudam a contornar o inconveniente do tamanho no uso urbano.
Quando o foco é exclusivamente a faixa de 2 metros, antenas monobanda de 5/8 de onda continuam imbatíveis em eficiência. Modelos robustos, com mola na base, são comuns em veículos que enfrentam estrada, vegetação ou uso mais pesado. A simplicidade elétrica se traduz em ótimo rendimento na frequência alvo.
Modelos: Aquário M-400C ou Steelbras M-400
Mesmo a melhor antena pode ter desempenho medíocre se o método de fixação não for adequado.
Para quem gosta de experimentar, o mundo das antenas móveis oferece um campo fértil. Bases com padrão NMO, por exemplo, permitem trocar varetas facilmente e até construir antenas específicas para frequências determinadas. Uma simples vareta de aço inox cortada no comprimento correto pode virar uma antena de 1/4 de onda extremamente eficiente — um projeto barato, educativo e funcional.
Escolher uma antena veicular VHF/UHF é um exercício de engenharia prática. Não existe “a melhor antena” em termos absolutos, mas sim a mais adequada ao tipo de operação, terreno, veículo e perfil do operador. Entender a relação entre topologia elétrica, padrão de radiação e plano terra transforma a escolha de um acessório comum em uma decisão técnica consciente — exatamente o tipo de desafio que agrada quem leva RF além do básico.
| Categoria | Modelo Recomendado | Melhor Uso |
|---|---|---|
| Equilibrada | Steelbras AP0188 | Dia a dia, discreta, resistente, cidade. |
| Performance | Steelbras AP0191 | Viagens, estradas planas, alcance longo. |
| Importada Top | Comet CA-2x4SR | Banda larga, estrutura “fold-over” (dobrável). |
| HT no Carro | Nagoya NL-770 | Cuidado com falsificações. Boa para usar com HT + adaptador. |
Preparativos para Expedição em Granada O radioamador Rikk Lewis, conhecido pela sua indicativo WE9G, confirmou…
Atividade em Tikehau Atoll O radioamador Hiro, identificado pelo indicativo JI1JKW, estará ativo na Polinésia…
Adiamento de Última Hora Uma expedição de rádio amador planejada para o Mônaco, com os…
O Rádio Amador PJ7AA Retorna a Sint Maarten O experiente rádio amador Tom, conhecido pelo…
Janeiro 2026: 'From the Isle of Music' com pianistas cubanos Alejandro Falcón e Ernán López…
FO/JI1JKW em Fakarava: operação de rádio amador de 2 a 6 de janeiro de 2026…